segunda-feira, 23 de junho de 2014

Perseguição: universidade nega emprego a cristãos no Paquistão

DivulgaçãoUm político cristão paquistanês está denunciando uma universidade pública por se negar a oferecer trabalhos rentáveis aos cristãos.

Pela lei em vigor desde maio de 2009, o governo do Paquistão requer que 5% dos empregos devam ser distribuídos para minorias religiosas, mas a universidade não está cumprindo a lei.

A denunciada é a Universidade de Sargodha, que fica na província de Punjab, onde reside a maior parte dos cristãos do país, segundo o ministério Portas Abertas.

O denunciante é Chaudhry Mushtaq Gill, líder político cristão da Pakistan Muslim League (Liga Muçulmana Paquistanesa), partido majoritário no país, que alega que desde 2010 a universidade contratou centenas de empregados, mas usa táticas burocráticas para evitar a contratação de não-muçulmanos.

Como medida ele entrou na Justiça contra a universidade e ganhou, mas um ano depois da decisão a Universidade de Sargodha continua sem retificar suas irregularidades.

Dos 111 cristãos que trabalham na instituição, 102 atuam com trabalhos pouco remunerados como varredores de rua. Os outros nove atuam como recepcionistas e jardineiros.

O trabalho de varredor de rua é considerado como o serviço mais degradante no país, segundo o sistema de castas indiano. Isso torna os cristãos “intocáveis”, de acordo com o sistema social-religioso do Paquistão, ou seja, são pessoas inferiores as demais.

“Durante os procedimentos, antes do ombudsman, os funcionários da Universidade declararam que a cota não se aplica a empregos de alta colocação como o de professor, mas a notificação afirma claramente que se aplica a todos os postos do quadro de funções”, disse Gill à agência de notícias World Watch Monitor.

No Paquistão 95% da população é praticante do Islã, a legislação foi criada para proteger as minorias religiosas contra a injustiça, mas os empregados do Estado são os maiores obstáculos na hora de cumprir a lei.

Fonte: Verdade Gospel.

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