Conforme divulgado noPavaglob, esse novo estudo científico, “The History of African Gene Flow into Southern Europeans, Levantines and Jews”, faz uma “linha do tempo” genético que poderia apoiar cientificamente esse relato bíblico. O documento baseia-se em dois estudos que foram os primeiros a usar análises genômicas para traçar a história do povo judeu através do DNA.
“Ele demonstrou que há uma base biológica para caracterizar os judeus”, disse o Dr. Harry Ostrer, diretor do programa de genética humana da New York University, que liderou um dos estudos.
Entre as suas muitas descobertas, Ostrer indicou que os judeus têm ascendência entre os povos africanos. Foi essa observação que David Reich, professor de Genética da Universidade de Harvard, e seus colegas decidiram explorar mais a fundo.
Equipe de Reich analisou mais de meio milhão de amostras de DNA em todo o genoma de membros de sete diferentes etnias judaicas – incluindo os ashkenazim do norte da Europa; os sefardim da Itália, Turquia e Grécia, e os mizrahim da Síria, Iraque e Irã. Então compararam os dados genéticos com o DNA de 15 povos africanos do sub-Saara.
Na edição de abril da revista PLoS Genetics, os pesquisadores explicam que pode-se atribuir cerca de 3% a 5% da ascendência dos judeus modernos aos africanos subsaarianos, e que a troca de genes entre judeus e africanos subsaarianos ocorreu cerca de 72 gerações atrás, ou mais de 2.000 anos.
Priya Moorjani, doutora que liderou a pesquisa, ficou surpresa como o grau de DNA dos africanos foi tão consistente entre as várias populações judaicas. Ela esperava, por exemplo, que os norte-africanos e os judeus do Oriente Médio teriam um maior grau de mistura genética que os europeus, devido à sua proximidade geográfica.
Os resultados, segundo Moorjani, podem apontar para uma ancestralidade comum entre os diversos grupos judaicos. ”É definitivamente sugestivo que essas populações de judeus têm um ancestral comum”, disse ela.
Embora a equipe de Harvard não pôde determinar onde exatamente a troca de genes ocorreu, os resultados complementam o entendimento dos historiadores da narrativa judaica.
Stillman apontou que os judeus muitas vezes são consideradas um grupo insular, porque tendem a se casar apenas dentro de sua comunidade. Mas ele insiste: “isso não significa que não houve, em toda a história, um influxo de outros no grupo.”
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